Ambiente livre, corredores liberados e pacientes atendidos dentro de protocolos estruturados em cada detalhe. Essa é a realidade que se fez presente no Pronto Socorro do HC Adulto em três oportunidades da última semana. Os registros, realizados entre os dias 19 e 21 de agosto, evidenciam resultados já visíveis do “Projeto Lean nas Emergências” – iniciativa do Ministério da Saúde que trouxe para o HCFAMEMA o acompanhamento do Hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo.
“Estamos muito felizes por já ser possível observar resultados positivos para o hospital. Tem sido o resultado de um trabalho intenso nos últimos três meses. A equipe está muito empenhada “ Sarah Barros Leal, médica da Beneficência Portuguesa no Lean nas Emergências.
Sarah explica que o ponto inicial para a intervenção no Pronto Socorro foi a identificação de indicadores operacionais, entendimento do público, número de pacientes atendidos, complexidade e implementação de medidas para soluções de problemas. As implementações também foram discutidas com as equipes médicas responsáveis por internações, como a Clínica Médica, Cirurgia Geral, Cirurgia Vascular, Neurocirurgia e Ortopedia.
“Corredor não é lugar de paciente, é lugar de passagem. O objetivo é que o paciente esteja no leito, onde é o destino dele. Para isso precisamos de altas na enfermaria e leitos disponíveis. As ações na enfermaria foram reforçadas com visitas multi e altas qualificadas. A equipe multi foi integrada na preparação dos cuidados e planejamento da alta com antecedência. O que mais queremos é não ter nenhum paciente no corredor e na transição. Uma realidade possível ao HCFAMEMA, como já temos observado” Sarah Barros Leal, médica da Beneficência Portuguesa no Lean nas Emergências.
Fast Track
Dentre as novas rotinas do Pronto Socorro está a separação do fluxo e o caminho denominado “fast track” – acolhimento rápido para pacientes que são do atendimento de baixa complexidade, que passam a ser atendidos com maior agilidade.
“O Fast Track é para pacientes com menos demandas, como por exemplo, a aplicação de medicação ou avaliação rápida. Eles são avaliados em outro setor por um médico determinado e liberados após o atendimento” Sarah Barros Leal, médica da Beneficência Portuguesa o Lean nas Emergências.
Os acompanhantes de pacientes do Pronto Socorro também passaram a ser orientados a permanecerem na sala de espera durante a permanência no hospital.
“O Pronto Socorro é parte da engrenagem, mas a responsabilidade do paciente do PS é do hospital como um todo” Sarah Barros Leal, médica da Beneficência Portuguesa o Lean nas Emergências.
Huddle
Outra implementação é o Huddle, que na tradução para o português significa “um amontoado de pessoas”, ou seja, uma reunião curta de 10 minutos, que ocorre duas vezes ao dia envolvendo a equipe de apoio e assistencial do HCFAMEMA. Os encontros propiciam uma maneira de gerenciar ativamente a qualidade e segurança, incluindo problemas que poderiam afetar o dia de trabalho.
“De todas as ferramentas que a gente apresentou, uma das primordiais foi o Huddle, que nada mais é que se comunicar. Na equipe haviam integrantes que não se conheciam e passaram a entender outros departamentos. Oferecer ajuda cria empatia e rede de apoio” engenheiro de processos da Beneficência Portuguesa, João Amaral.
Nedocs
Um dos indicadores utilizados para medir os resultados do projeto é o indicador de superlotação, chamado de NEDOCS (sigla em inglês para Escala de Superlotação do Departamento Nacional de Emergência) e mensura quesitos como tempo de passagem de pacientes pelas urgências, permanência no hospital, tempo de alta, entre outros.
“ Nessa semana medimos indicadores do hospital e estamos extremamente felizes. A meta do Nedocs é de 390 para o HCFAMEMA e já temos atingido 127” engenheiro de processos da Beneficência Portuguesa, João Amaral.
Gasu
A condução do Lean nas Emergências no HCFAMEMA conta com grupo de colaboradores treinados em curso de Gestão Avançada em Serviço de Urgência (GASU).
Confira os membros da equipe:
Período: 20/08/22 a 29/08/22