O Departamento de Atenção à Saúde Materno Infantil (DASMI) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília – HCFAMEMA, responsável pelo Hospital Materno Infantil de Marília, comemora 20 anos de garantia de que os bebês internados em tratamento intensivo possam receber o leite materno com segurança, beneficiando não só a nutrição da criança como sua recuperação mais rápida. Este serviço hospitalar só é possível graças à existência de uma Sala de Ordenha, um espaço destinado às mães que estão com os filhos internados, criado no ano 2.000, quando a Instituição recebeu o Selo Amigo da Criança.
A conquista da Sala de Ordenha/DASMI é mais um serviço de apoio e incentivo ao aleitamento materno no município e região, que neste mês de Agosto Dourado, intensifica a mensagem de incentivo ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e complementar até os dois anos. Com a sala, as mamães retiram o leite em local esterilizado e controlado, que é levado para o lactário, onde, é tratado, preparado e entregue para ser ingerido pelo bebê.
Para o neonatologista do DASMI, Dr. Caio Augusto Prearo Pelosi, o leite da própria mãe não é só o melhor alimento a ser dado para o bebê, principalmente os recém-nascidos, mas o ideal e mais indicado quando a criança está hospitalizada, em tratamento. “Estudos já comprovam que o leite humano, de preferência o da própria mãe, acelera a recuperação e alta da criança, aumentando substancialmente as chances de melhora e sucesso do tratamento médico”, declarou ele.
Quando as mamães não podem amamentar, o Banco de Leite Humano de Marília é quem fornece o alimento aos bebês internados. Para a bebê Ester, filha da publicitária Beatriz Aparecida de Oliveira Silvério, de Adamantina, internada no Hospital Materno Infantil, a ingestão do leite da própria mãe foi fundamental para ela sair da UTI Neonatal desde que nasceu, há cerca de 90 dias.
“Eu não pude amamentar minha filha desde que ela nasceu, prematura, de 26 semanas, e com apenas um quilo. Foram 77 dias angustiantes, mas que pela Sala de Ordenha pude garantir a alimentação saudável de minha criança, percebendo a melhora e o ganho de peso ao longo de todo esse tempo”, declarou ela. A bebê Ester engordou para 2,268 quilos e foi transferida para o berçário. “Neste ritmo, em uma semana ela deve receber alta e então poder mamar direto na mãe pela primeira vez”, contou o neonatologista.
Para Dr. Caio Pelosi, a Sala de Ordenha é fundamental para a recuperação dos bebês no HMI. “Somos referência em neonatologia de média e alta complexidade, o que significa que a maioria dos casos que atendemos são mais complicados e perigosos. Para isso sempre incentivamos a todas as mamães que busquem se adequar à prática do aleitamento materno, garantindo maior saúde e uma alta hospitalar mais rápida quando necessário para suas crianças.”