O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília – HCFAMEMA completou nesta sexta-feira, dia 23 de outubro, a marca de 1.000 pacientes atendidos por meio de consultas médicas por vídeo chamada ou remotas, intermediadas pelo aplicativo de celular “HCFAMEMA Tá Na Mão”. O novo serviço de telemedicina começou a ser implantado em maio desse ano como uma alternativa temporária e emergencial para se contornar a suspensão dos atendimentos eletivos presenciais. Entretanto, seu sucesso o fez se tornar uma ferramenta complementar permanente, ganhando inclusive gestão independente, com a criação de um Núcleo de Telessaúde.
Segundo a diretora técnica do Departamento de Atenção à Saúde Ambulatorial e Hospital Dia (DASAMB-HD), Prof. Dra. Vanessa Dinarte, a telemedicina como uma ferramenta de atendimento médico à distância foi implantada no HCFAMEMA como uma das medidas de enfrentamento à pandemia da COVID-19. “Com a suspensão dos atendimentos eletivos presenciais em março, conseguimos a autorização do Conselho Federal de Medicina para que implantássemos a telemedicina”, declarou.
O primeiro passo foi a construção de uma plataforma digital de comunicação, elaborada pelo próprio Departamento de Tecnologia da Informação (DTI) do HCFAMEMA, com a criação do aplicativo de celular “HCFAMEMA Tá Na Mão”. “Com isso, aquela população que ficou um período sem assistência por conta da suspensão dos serviços de saúde eletivos pôde retomar seus tratamentos ou consultas de forma remota”, disse.
A telemedicina começou em maio com um projeto piloto em apenas uma das especialidades, a endocrinologia. “A partir daí corrigimos eventuais necessidades, fizemos ajustes na plataforma e isso se ampliou para outras especialidades a partir do mês de junho.”
Para os pacientes que viram suspensos seus tratamentos, a modalidade remota foi muito importante. A dona de casa de Marília, Anita da Silva, avaliou o atendimento como “muito bom esse novo tipo de atendimento. Para ela facilita bastante e garante o acompanhamento em tempos de pandemia. “Parabéns!”, declarou ela na avaliação do serviço.
Já a bancária aposentada, Márcia Cristina Pereira dos Santos, o atendimento que recebeu foi “excelente”. “Espero que seja adotado mesmo após o término da pandemia, pois é mais rápido, prático, confortável e seguro. Vocês estão de parabéns pela iniciativa”, declarou.
A diretora do DASAMB-HD anuncia que essa ferramenta de tecnologia de saúde surgiu por causa da pandemia, mas ela será mantida na rotina de trabalho e até ampliada, pois se tornará uma etapa de qualificação do acesso dos pacientes. “Só com isso já conseguiremos evitar deslocamentos desnecessários, pois atendemos uma população de 62 municípios e a telemedicina vai garantir que o paciente não precise vir às nossas unidades em algumas situações”, declarou.
Para Vanessa Dinarte, como forma de gestão a ferramenta é muito interessante, ajudando na qualificação do acesso, e em breve, também para a realização de teleinterconsulta. “A teleinterconsulta dará suporte à atenção primária de saúde, fazendo o matriciamento da rede e auxiliando o profissional que às vezes está lá no município e tem alguma dúvida em relação ao paciente.”
A telemedicina do HCFAMEMA se consolidou em outubro como um serviço permanente da instituição ao ganhar gestão própria, com a criação do Núcleo de Telessaúde. “Como um setor próprio e independente, queremos ampliar não só para o atendimento médico, mas também para as demais equipes multiprofissionais, como psicologia, nutrição, fisioterapia”, concluiu.