O Ministério da Saúde divulgou uma nova idade limite para o cadastro de candidatos à doação de medula óssea. Conforme Portaria MS-SAES 685 de 16 de junho de 2021, agora os doadores devem ter entre 18 e 35 anos; antes era de 18 a 55 anos.
A mudança refere-se apenas a idade na hora de realizar o cadastro, já que o registro do doador continua disponível no banco de dados do Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) até os 60 anos.
O cadastro para ser doador voluntário de medula óssea consiste no preenchimento de uma ficha com informações pessoais e assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Serão coletados (5ml) de sangue do candidato, que posteriormente será encaminhado para um laboratório onde é feita uma análise de histocompatibilidade (HLA).
Esse cadastro fica registrado no sistema do Redome, enquanto que o do paciente, que precisa do transplante, fica no Rereme (Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea).
Estes bancos de dados estão em constante contato e, quando encontra uma possível compatibilidade, o doador é convocado para dar início a outros exames necessários. Todo procedimento é custeado pelo Governo.
Os transplantes de medula óssea podem ajudar a salvar as vidas de pacientes que apresentam produção anormal de células sanguíneas, geralmente causadas por algum tipo de câncer no sangue.
Não posso doar sangue, mas posso ser doador de medula óssea?
É importante destacar que, se uma pessoa não pode doar sangue por algum motivo, não significa que ela não possa ser doadora de medula óssea, pois os critérios de avaliação são diferentes. Por isso, vale a tentativa. Procure o Hemocentro e informe-se melhor. Você pode ser compatível com um paciente que precisa de doação.
A chance de encontrar uma medula óssea compatível com a de outra pessoa no Brasil, é de 1 em 100 mil. Mas pode ser de 1 em 1 milhão se tiver que procurar no exterior. Por isso, quanto maior o número de brasileiros cadastrados, maiores as chances dos pacientes.
Em Marília, por exemplo, o Departamento de Atenção à Saúde em Hemoterapia – DASHEMO (Hemocentro), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília – HCFAMEMA, realiza o cadastro dos doadores de medula óssea, sendo referência também em hematologia com ambulatório infantil e adulto, prestando assistência aos pacientes. Somente neste ano, mais de 700 cadastros de possíveis doadores voluntários de medula óssea foram realizados no Hemocentro.
Muitas pessoas têm medo de doar medula óssea porque pensam, de maneira errônea, que esta poderá fazer falta um dia ou que sentirão dor, mas na verdade é uma chance de salvar vidas. “A medula óssea é um tecido gelatinoso, conhecido como ‘tutano’ encontrado dentro dos nossos ossos, sendo por vezes a única fonte de cura para determinadas doenças, ou seja, essa doação pode sim salvar vidas”, esclarece a Assistente Social do Hemocentro do HCFAMEMA, Lucimara Faustino Custódio.
Para mais informações sobre como ser um doador de medula óssea, entre em contato com o Hemocentro do HCFAMEMA pelo telefone: (14) 3434-2541.