Nas décadas de 1920 e 1930 todo homem elegante usava chapéu e bengala. Muitas personalidades famosas também usavam o acessório – a bengala já fez parte essencial dos acessórios masculinos. Mas durante a Segunda Guerra Mundial alguns soldados americanos, que se tornaram deficientes visuais em batalha, foram levados para hospitais específicos e lá desenvolveram técnicas para bengalas aos soldados com deficiência visual, permitindo assim que eles se tornassem independentes.
Desse modo foi criada então a técnica da bengala de Hoover, uma bengala longa e de material leve para ser movimentada em arco, na frente da pessoa, tocando no lado oposto do pé que avançava. A técnica Hoover, a mais usada em todo o mundo, chegou ao Brasil em 1957.
As bengalas para pessoas com deficiência visual são de tamanhos individualizados, conforme a estatura e marcha da pessoa; também são dobráveis e divididas em partes, como luva, gomos, ponteira e elástico, além de possuir uma identificação por cores:
– Bengala branca: utilizada por pessoas com deficiência visual;
– Bengala verde: identifica as pessoas com baixa visão;
– Bengala branca e vermelha: identifica pessoas com deficiências visual e auditiva.
Segundo dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, estima-se que 18,6% da população brasileira possui algum tipo de deficiência visual.
Segurança, autoconfiança, autonomia e independência são naturalmente proporcionadas para as pessoas com deficiência visual por meio da bengala. Este instrumento básico de locomoção e de extrema importância, garante, principalmente, o direito de ir e vir.
Porém também é de extrema importância que mais pessoas conheçam os tipos de bengalas e possam, assim, ajudar aqueles que possuem alguma deficiência visual. Além de ser um ato inclusivo também reflete um pouco mais de humanização – algo tão necessário nos dias atuais.
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Colaboração: Geisa Luz – Gerente em Educação do HCFAMEMA