O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília – HCFAMEMA – realizou captação de múltiplos órgãos para transplantes. O procedimento foi realizado com a coordenação da Organização de Procura de Órgãos do hospital e autorizado após a constatação da morte encefálica do doador.
A captação foi realizada pelas equipes médicas da oftalmologia do HCFAMEMA, Hospital Sírio Libanês, Hospital das Clínicas de São Paulo e pelo Instituto do Coração. Foram doados: coração, pulmão, fígado, rins e córneas.
Desde a constatação da morte encefálica, houve toda uma movimentação da equipe da Organização de Procura de Órgãos, incluindo contato com a família e a logística da procura por receptores e transporte.
“Esta última doação de órgãos envolveu muitos profissionais da saúde, equipes transplantadoras, Central de Transplantes e da OPO HCFAMEMA. Unidos, conseguimos honrar a vontade do doador e de seus familiares, conseguindo salvar a vida de 7 pessoas. Nossos mais sinceros agradecimentos em nome dessas vidas que foram salvas”, comenta Débora Gutierres, enfermeira coordenadora da OPO HCFAMEMA.
Pela Resolução CFM nº 2.173/17, a morte encefálica deve ser diagnosticada por dois médicos especificamente qualificados, sendo um deles titular de uma das seguintes especialidades: medicina intensiva (adulta ou pediátrica); neurologia (adulta ou pediátrica); neurocirurgia ou medicina de emergência. Pela legislação a doação só é permitida através da autorização familiar de parentes de 1º e 2º grau, independentemente da idade. Menores de 18 anos deve conter a autorização do pai e da mãe.
O país é referência mundial na área de transplantes, sendo o 2º maior transplantador do mundo! A rede pública de saúde fornece, de forma gratuita e integral, a assistência necessária para o transplante de órgãos: exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos.
“Cada doador e seus familiares são únicos e especiais. A nobreza do gesto de salvar vidas em um momento de dor nos encanta e nos motiva a proporcionar cada vez mais um ambiente humanizado e acolhedor a essas famílias”, finaliza Debora.
Para ser um doador de órgãos, comunique a sua família e peça para ter a sua vontade respeitada. Essa orientação serve tanto para doador vivo, como não vivo. Um doador pode salvar até oito vidas!