O Hemocentro de Marília, referência na coleta e distribuição de sangue para a rede de saúde de 110 municípios da região, coordenado pelo Departamento de Atenção à Saúde em Hemoterapia (DASHEMO) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília – HCFAMEMA, celebrou o Dia Nacional do Doador de Sangue, 25 de novembro, com um café da manhã especial para os voluntários. A homenagem ajudou a atrair 91 doadores neste dia, ajudando a reduzir o déficit na armazenagem do produto. Em um dia comum a média é de 29 doadores.
Segundo a assistente social Dayane Galeti, a pandemia provocou uma queda na coleta, com redução das doações desde março deste ano. “O aumento dos voluntários com a ação promocional pelo dia do doador ajudou muito, mas não resolve o problema, infelizmente. Ainda precisamos do apoio da sociedade com doações de sangue”, declarou ela. O Hemocentro ainda apresenta baixo estoque para os tipos sanguíneos O +, O- e A -.
PERFIL DO DOADOR
Segundo o Ministério da Saúde, com a pandemia, o número de doadores em todo o Brasil reduziu em torno de 20%, mesmo com os hemocentros preparados para receber as doações. Em alguns casos o MS precisou acionar o Plano Nacional de Contingência do Sangue, que possibilitou o remanejamento de 2.934 bolsas de sangue de outras unidades da federação para aquelas com maior dificuldade.
Para celebrar o Dia Nacional do Doador de Sangue, o Ministério da Saúde divulga que a região com maior taxa de doação por mil habitantes é o Sul, com 19 doadores por mil habitantes, seguidos pelas regiões Centro Oeste (17 doadores), Sudeste (15 doadores), Nordeste (14 doadores) e Norte (13 doadores).
Por ano, são realizadas cerca de 3,3 milhões doações de sangue no Brasil. Isso corresponde a taxa de doação de 16 pessoas por mil habitantes. Mesmo que o percentual de 1,6% esteja dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de que pelo menos 1% da população seja doadora de sangue, o Ministério da Saúde trabalha constantemente para aumentar esse índice e conscientizando mais pessoas para serem doadores regulares, mantendo assim os estoques de sangue em níveis seguros.
Com relação à periodicidade das doações no Brasil, 40% correspondem às pessoas que doam pela primeira e as doações de repetição, aquelas cujo doador realiza duas ou mais vezes no período de 12 meses, está em torno de 60%.
Do total de doadores de sangue em 2019, 53% são do sexo masculino e 37% são do sexo feminino. Em relação à faixa etária, tivemos 65% de doadores maiores que 29 anos.
Até o momento, não existe nenhum dado científico que demostre a infecção transfusional por coronavírus. De forma preventiva, os hemocentros estão tomando todos os cuidados para minimizar qualquer tipo de risco de transmissão, com triagem clínica dos candidatos e aptidão apenas para os que estão curados há mais de 30 dias. Lembrando ainda que todo sangue doado no Brasil é testado laboratorialmente para doenças transmissíveis por transfusão.
QUEM PODE DOAR
No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores (entre 16 e 17 anos) é necessário o consentimento dos responsáveis, e entre 60 e 69 anos a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos.
É preciso também pesar no mínimo 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação, não fumar e não estar em jejum. No dia da doação, é imprescindível levar documento de identidade com foto.
A frequência máxima de doações de sangue é de quatro vezes ao ano para o homem e de três doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.
A doação é 100% voluntária e beneficia qualquer pessoa, independente de parentesco. Doe Sangue regularmente. Tem sempre alguém precisando de você. Procure o hemocentro mais próximo e seja um doador regular.