A Campanha Janeiro Branco é dedicada a colocar os temas da “Saúde Mental” em evidência na sociedade, chamando a atenção dos indivíduos e das instituições sociais para as necessidades e as importâncias subjetivas, mentais e emocionais dos seres humanos.
Idealizada pelo psicólogo mineiro Leonardo Abrahão, a Campanha ganhou vida em Janeiro de 2014 quando psicólogos(as) de Uberlândia(MG) foram às ruas, às instituições e às mídias da cidade para falarem às pessoas sobre “Saúde Mental”, “Saúde Emocional”, “sentido de vida”, “qualidade de vida” e “harmonia nas relações humanas”.
Desde então, o Janeiro Branco vem se consolidando como a maior Campanha do mundo em prol da construção de uma cultura da Saúde Mental na humanidade. Profissionais das mais diversas áreas do conhecimento humano, instituições, políticos, artistas, líderes religiosos e cidadãos do Brasil e do mundo têm abraçado o Janeiro Branco e a sua proposta de psicoeducação dos povos.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o Brasil não vai bem da Saúde Mental. Os números mostram que 5,8% da população (12 milhões de pessoas) sofrem de “depressão” (maior taxa da América Latina, a 2a maior das Américas e a 5a do mundo). Em relação aos “transtornos de ansiedade”, o Brasil é o recordista mundial, com 9,3% da população com algum desses problemas. E, quando o problema em questão é o “suicídio”, a situação também é preocupante: a ocorrência de 12 mil suicídios anuais no país faz com que a sociedade brasileira ocupe a 8a colocação, no planeta, em relação à contagem absoluta de mortes autoprovocadas.
Além das crescentes taxas de “depressão”, de “transtornos de ansiedade” e de “suicídios”, a sociedade brasileira, em relação aos universos da Saúde Mental, também tem apresentado a intensificação de problemas relacionados ao uso inadequado de substâncias psicoativas (drogas lícitas e ilícitas, como, por exemplo, o álcool e a cocaína), ao crescimento da violência urbana, ao agravamento da desigualdade social, à coisificação das relações sociais, ao recrudescimento de preconceitos/de fundamentalismos e ao adoecimento (alienação) dos sentidos existenciais dos indivíduos.