Era 27 de agosto de 2023, quando dona Ana Luiza de Andrade Cardoso de Sá sentiu um desconforto no peito e falta de ar. Ao perceber que não melhorava, procurou a Unidade de Pronto Atendimento da zona norte de Marília, junto de sua filha Ana Carolina de Andrade Santos.
Segundo dona Ana, ela só se lembra dos acontecimentos até este momento. “Eu perdi os sentidos, apaguei.”, comenta dona Ana.
Quando acordou, já estava na Unidade Coronariana (UCO) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília. O diagnóstico recebido: insuficiência cardíaca descompensada.
Durante sete dias, dona Ana ficou entubada internada na UCO, onde recebeu todo o tratamento necessário para o seu estado de saúde. “Desde a recepção até o pessoal da enfermaria, não tenho nada a questionar. Pelo contrário, só agradecer, foi uma equipe preparada por Deus. Uma equipe com dom de cuidar. Todas as nossas dúvidas foram sanadas, sempre tivemos assistência durante o atendimento à minha mãe.”, comenta Ana Carolina.
Ela ainda relata sobre a angústia pelo quadro da mãe, mas que em cada momento a família foi assistida. “Todas as nossas dúvidas foram sanadas, sempre tivemos assistência durante o atendimento à minha mãe.”, complementa Ana Carolina.
Sua alta veio no dia 04 de setembro de 2023, quando pôde demonstrar sua gratidão pelo atendimento recebido, registrando uma ouvidoria positiva. “A gente achou muito importante fazer esse agradecimento na ouvidoria por conta do estado que minha mãe chegou, pela atenção, empatia, cuidado e o atendimento humanizado prestado por cada um da equipe do HC”, finaliza.
A Unidade Coronariana, onde dona Ana permaneceu durante seu tempo no hospital, possui três anos de funcionamento e alcançou um feito histórico: zerar a fila de espera do HCFAMEMA para cirurgias cardíacas, a qual tinha demanda “represada” desde antes do período da pandemia Covid-19.
O serviço de cirurgia cardíaca, que no passado tinha uma fila de espera de pelo menos um ano, agora trabalha com o prazo de um mês para realização do procedimento, sendo que a fila já foi zerada e os atuais pacientes são recentes. “É muito gratificante poder trabalhar em um serviço que conseguimos estabelecer um plano de cuidado para nossos pacientes com doença cardíaca”, comenta doutor Leonardo Marostica, cardiologista e coordenador da UCO.
A equipe é composta por 18 profissionais de saúde, os quais doutor Leonardo faz questão de parabenizar. “Esse resultado é mérito de um trabalho conjunto da gestão do hospital e todos profissionais envolvidos nesse cuidado em que cada um tem papel fundamental”, complementa.
Parte do serviço de cardiologia do hospital, a Unidade trouxe diversas vantagens para os profissionais de saúde e pacientes: leito garantido para o pós-operatório da cirurgia cardíaca com profissionais habilitados, cuidados pós angioplastia e implante de marcapasso, além de condução de casos de extrema gravidade como insuficiência cardíaca descompensada e choque cardiogênico.
“Com a UCO é possível fechar o ciclo desse paciente desde sua admissão no hospital até o atendimento ambulatorial no pós-alta, utilizando, quando necessário, os métodos diagnósticos em Cardiologia, fazendo valer a equidade do nosso Sistema Único de Saúde”, finaliza doutor Leonardo.